A fase "sem escoliose"
- Mariana Luz

- 3 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de jun. de 2019
Por um tempo eu consegui viver sem pensar (tanto) nela.

Depois do colete e de precisar para o tratamento com fisioterapia, e náo poder fazer, eu revoltei. Geral.
Não quis mais lembrar que tinha escoliose e nem queria saber das consequências
disso. Fiquei em "inércia" por 7 anos.
Me formei, comecei a trabalhar, dava aula de dança em vários lugares e ganhava
relativamente bem, me tornei independente aos 18 anos e comecei a morar sozinha
aos 22. Minhas aulas de dança sempre foram o meu refúgio, tomava praticamente
todo o meu dia e nos finais de semana sempre tinham apresentações e então não
"sobrava tempo" para meus problemas. Hoje vejo o quanto fui tola. Logo eu, que
tinha tantos outros problemas, além da escoliose, resolvi "esquecer" somente dela.

"A escoliose "esquecida" estava voltando a me assombrar..."
Um dia, tirando a roupa do varal, meus cachorros, tenho dois Golden retriever, ficaram
presos dentro de um quartinho e quando se soltaram, vieram diretamente no meu
joelho esquerdo (lembram da frouxidão ligamentar?) que virou e a patela foi para atrás
do joelho e ficou lá. Gritei horrores, já havia saído outras vezes, mas não tinha
agarrado por tanto tempo, a ponto do meu namorado ter que desvirar na mão.
Conclusão: 2 semanas sem pisar e 4 meses parada. Eu sempre comi muito, sou ansiosa
e imagina uma pessoa muito ativa, parada por 4 meses, engordei muito.
Quando voltei as atividades o ritmo não estava como antes, depois disso eu nunca mais recuperei.
Comecei a sentir muitas dores nesse joelho, depois o outro também começou a doer.
Alguns meses depois comecei a sentir um peso na lombar, dores no final do dia, no frio
morria de dor na coluna inteira, até que comecei a travar, cheguei a ficar 2 semanas de
cama. A escoliose "esquecida" estava voltando a me assombrar, mas eu fechei os
olhos e não queria mesmo saber dela, tratava qualquer outro problema de saúde,
menos a coluna.



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